Elizabeth Gilbert estava com quase trinta anos e tinha tudo o que qualquer mulher poderia querer: um marido apaixonado, uma casa espaçosa que acabara de comprar, o projeto de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, sentia-se confusa, triste e em pânico.
Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo – sozinha. O objetivo de Gilbert era visitar três lugares onde pudesse examinar aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que, tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles. "Assim, quis explorar a arte do prazer na Itália, a arte da devoção na Índia, e, na Indonésia, a arte de equilibrar as duas coisas", explica.
Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida. Na Índia dedicou-se à exploração espiritual e, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano surpreendentemente sábio, viajou durante quatro meses. Já em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou da melhor maneira possível: inesperadamente.
Sei que pode não ser justo dizer isso, já que li tantos livros maravilhosos esse ano, mas Comer, Rezar, Amar foi um dos mais lindos! Tanto por ele ser uma história real, que me ensinou muita coisa, como por ser um livro muito bem escrito.
Elizabeth Gilbert descreve tudo de um jeito tão maravilhoso, que é como se você estivesse viajando com ela, conhecendo a Itália, a Índia e a Indonésia. Todos são lugares maravilhosos, que me fizeram pensar se algum dia eu vou pra lá, como ela.
Comer as deliciosas massas na Itália, e engordar só porque é bom não se preocupar com peso de vez em quando; Rezar e meditar na Índia todos os dias, conhecendo pessoas que fazem o mesmo; E Amar as pessoas e os lugares em Bali, para depois voltar para casa e querer fazer tudo de novo.
A Liz é um pessoa incrível, e se transformou em uma personagem mais incrível ainda, dividindo com leitores do mundo todo suas angústias, seus medos, suas vergonhas, suas felicidades... Só posso dizer que ela foi corajosa em se expor assim, ensinando às pessoas mais improváveis a beleza de cada lugar, a beleza da vida.
Aqui vão dois dos trechos que mais gostei no livro:
“Você nunca está onde está. Você está sempre remoendo o passado ou especulando sobre o futuro, mas raramente pára no momento presente.”
“Nós criamos palavras para definir nossa experiência, e essas palavras trazem consigo emoções que nos sacodem como cães em uma coleira. Nós somos seduzidos por nossos próprios mantras e nos transformamos em monumentos a esses mantras.”
O que, penso eu, é totalmente verdade. E o melhor de tudo são os ensinamentos que esse livro me passou. De buscar a felicidade dentro de si, de saber quem você realmente é.
Então meu conselho: leiam esse livro maravilhoso, divirtam-se e aprendam sobre diversas coisas! Certeza de que não irão se arrepender!