28 de abril de 2011

Resenha - Perfume de Patrick Süskind

França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. Ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas.








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Na antiga França, para ser mais específica, no século XVIII, uma das coisas que mais chamavam a atenção não era o esplendor do local ou algo desse tipo, mas sim o odor. Naquela época, o fedor que exalava nas ruas –e nas pessoas- em Paris seria dificilmente concebível por nós nos dias de hoje. E o pior lugar, com os piores cheiros de todo o país, certamente era a feira livre, onde antes era usado como passagem de cadáveres até suas covas. E foi nesse lugar horrível que Jean-Baptiste Grenouille nasceu e foi deixado para morrer por sua mãe. Ela era uma péssima mãe, se é que pode-se usar esse nome para a criatura horrível que era. Jean era o quinto filho dela, e todos os outros haviam nascido e morrido no mesmo lugar. Não seria diferente com Jean, se a população não o ouvisse chorar. Após isso sua mãe foi condenada à forca e ele transferido para um abrigo.

Na conturbada vida de Jean, ele passou por diversos lugares, que não queriam aceitá-lo, até por um padre, que pensava que ele era filho do demônio. E tudo por um simples aspecto: o bebê, a criança e o adulto Jean não exalava cheiro algum. Mas tinha um olfato apuradíssimo. Em sua infância, botava medo nas crianças que moravam junto com ele em um abrigo, e que diversas vezes tentaram matá-lo. 

Aprendeu a falar muito tarde, e só se interessava em aprender palavras que distinguisse os cheiros que ele sentia na cidade. Passara a infância toda sentindo os cheiros da casa onde morava e das redondezas. Ao ficar mais velho, fora levado para um cortume, e lá sentiu odores antes nunca sentidos, cheiros horríveis. Mas para ele, até aquele momento, nenhum cheiro era bom ou ruim. Era apenas cheiro do cotidiano, das pessoas, das coisas, e que ele gostava de cheirar. 

Quando mais velho começou a trabalhar para um perfumista, e lá dar vida às suas experiências, rendendo um ótimo dinheiro para seu professor e um ótimo aprendizado para ele. Sua intenção não era ganhar dinheiro com perfumes exóticos e perfeitos que ele certamente seria capaz de criar, mas sim criar um odor só dele, um que tocasse o coração das pessoas. E para isso, ele seria capaz de matar e de morrer. É a partir daí que a horrível história de Jean-Baptiste Gremouille realmente começa. 

A história é perturbadora, cheia de detalhes e momentos horríveis, mas é uma boa história. Bem escrita, com uma boa trama e bons personagens, o autor conseguiu me deixar boquiaberta com o que seu personagem era capaz, e fiquei perplexa em ver como a saúde das pessoas, a situação de vida delas era horrível. Faz com que você pense como seria se tivesse vivido naquela época. 

Também assisti o filme, e devo dizer que é muito fiel. As partes cortadas não fazem falta na história, pois são partes que até eu tive vontade de pular no livro. É muita coisa detalhada, e isso cansa às vezes. Mas é um bom filme, e eu o recomendo tanto quando o livro. :D  

14 de abril de 2011

Resenha - Labirinto de Kate Mosse

Em Julho de 1209: na cidade francesa de Carcassonne, uma moça de 17 anos recebe do pai um misterioso livro, que ele diz conter o segredo do verdadeiro Graal. Embora Alaïs não consiga entender as estranhas palavras e símbolos escondidos naquelas páginas, sabe que seu destino é proteger o livro. Será preciso grandes sacrifícios e muita fé para garantir a segurança do segredo do labirinto - um segredo que remonta a milhares de anos, e aos desertos do antigo Egito...
Julho de 2005: durante uma escavação arqueológica nas montanhas ao redor de Carcassonne, Alice Tanner descobre por acaso dois esqueletos. Dentro da tumba escondida onde repousavam os antigos ossos, experimenta uma sensação de malevolência impressionante, e começa a entender que, por mais impossível que pareça, de alguma forma ela é capaz de entender as misteriosas palavras ancestrais gravadas nas pedras. Mas já é tarde demais, Alice percebe que acaba de desencadear uma aterrorizante seqüência de acontecimentos que é incapaz de controlar, e que seu destino está irremediavelmente ligado à sorte dos cátaros, oitocentos anos antes.

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A descoberta de dois esqueletos, um anel antigo, uma caverna sombria, o desenho de um labirinto e uma fivela velha nunca resultou em algo tão misterioso. O que antes parecia uma simples escavação de arqueólogos vira uma corrida contra o tempo, a descoberta de segredos muito antigos e a criação de muitos outros.
Quando Alice Tanner decidiu ajudar como voluntaria na escavação de sua amiga Shelagh, ela só queria ocupar seu tempo na bela cidade de Carcassone, e quem sabe encontrar algo valioso sem a ajuda de ninguém. Mas após um deslize ela vê tudo indo por água abaixo. Ou melhor, por montanha abaixo.
O livro todo reveza entre períodos de 2005 com Alice e períodos de 1209 com Alaïs, uma mulher misteriosa que sempre apareceu nos sonhos de Alice, como se seu espírito a visitasse para querer dizer alguma coisa. E isso só se torna mais forte após a descoberta do desenho do labirinto, e então uma história muito antiga começa a ser revelada sobre a trilogia do Labirinto e os mistérios que a envolvem. E que envolvem também Alaïs e Alice de uma forma que chega a ser mágica.
As histórias parecem se interligar. Passado e futuro juntos num único livro, misturando-se tanto que é impossível distinguir um do outro. É como se acontecessem no mesmo período. Uma história, uma lenda e um mistério que perduram por anos a fio, sendo revelados muito tempo depois de seu inicio, e causando uma reviravolta inacreditável.
Devo dizer que após terminar o livro minha vontade foi começar tudo de novo, mas infelizmente o livro não é meu e precisou ser devolvido. Fiquei na vontade.
O livro tem um pouco do estilo do Dan Brown, então pra quem gosta muito mesmo dos livros dele, como eu, vai adorar Labirinto. Toda a busca pelo Graal no livro vai te deixar com olheiras por muitos dias, acredite em mim.
O livro é enorme, mas são 555 páginas de pura aventura, acontecimentos... Em nenhum momento eu fiquei cansada de ler ou de saco cheio da história. Não tem um capitulo chato no livro, e eu falo totalmente sério. Estava com saudades de livros assim, com muita aventuras e mistérios. Só gostaria que tivesse alguma continuação u_u

11 de abril de 2011

Encontro Literário na Bienal de SJC

No sábado dia 09/04/2011, primeiro dia da Bienal de São José dos Campos, aconteceu o segundo Encontro Literário promovido pelas meninas do Dear Book. E dessa vez aconteceu tanta coisa legal!

O povo acordou cedo em pleno sábado para ir pro Parque da Cidade e aproveitar o evento. Conseguimos o espaço Papo de Autor para usar das 10h às 14h, o que ajudou muito, principalmente na hora do Bate Papo com os Autores. Mas todo mundo surtou quando descobriu que nossas imagens e conversas estavam sendo transmitidas em telas do lado de fora hahaha



A primeira coisa que aconteceu no evento foi um Café Literário básico, mas que ficou lá até o fim, então pode-se dizer que foi um delicioso Café/Almoço Literário.

Leandro Reis, André Cardinali e Bianca Briones
 Depois ficamos algum tempo encarando as pessoas curiosas que estavam fora do auditório conversando sobre de tudo um pouco livros até que deu 11h e os autores Leandro Reis (autor de Filhos de Galagah), André Cardinali (autor de Estátuas de Sal) e Bianca Briones (autora de Entre o Amor e a Amizade) chegaram para o bate papo, que eu achei a melhor parte do evento!

 Perguntas foram feitas e respostas legais foram dadas. Eles falaram sobre seus livros e suas vontades de ver algumas partes virarem reais, além de darem dicas ótimas para quem quer escrever alguma coisa (eu já anotei todas o/); Também falaram sobre seus próximos projetos e suas inspirações, seus livros e autores preferidos e a dificuldade de conseguir publicar seus livros.

O bate papo rendeu boas gargalhadas com o André tendo um "momento Power Ranger" na hora que o celular da Juni tocou; e o Leandro Reis é muito engraçado, preciso dizer haha

Bom, após o bate papo que durou quase duas horas, fomos para a gincana e os sorteios. Olhem só os prêmios que coisas lindas:

Morri de inveja de quem ganhou as bolsas do Harry, falo mesmo u_u Mas apesar de meu grupo não ter conseguido ganhar a gincana, ninguém saiu de lá sem alguma coisa.


Eu ganhei um kit de marcadores, que veio com boton, marcadores, livretos e um lápis de Crescendo; e o livro Fetiche da Tara Moss, que ainda vai chegar *-*

Enfim, tirando um cara meio estranho que apareceu la do nada, e umas meninas que roubaram todos os marcadores lindos da mesa do sorteio, o evento foi muuuito bom!!! Quem não apareceu nesse e ficou com vontade, pode deixar que avisarei aqui no blog a data do próximo encontro. E pra quem mora aqui perto que ainda não apareceu na Bienal, tão esperando o que meus fios? Ta muito legal!!! Okay, espaço pequeno, livros caros, mas tem palestras MUUUUUUUUUUUITO legais, que eu recomendo! Se quiser saber mais, da uma olhada na Programação! :D

Aah, e aparecemos no VNews bem rapidinho, no momento em que a gincana seguia seu curso, clique aqui para ver o vídeo.